terça-feira, 18 de outubro de 2016

Universal Orlando Halloween Horror Nights Vlog September 2016

[HD] Chucky Roaming the Street - Chucky Scare Zone - Halloween Horror Night

TRICK OR TREATS: HALLOWEEN NOS ESTADOS UNIDOS

Como é comemorado o Halloween nos Estados Unidos: fantasias, festas e abóboras.


A tradição do Halloween americano

Nos Estados Unidos o Halloween é exatamente da mesma forma que assistimos em filmes norte-americanos. Com um mês de antecedência, as famílias começam a enfeitar as suas casas com teias de aranha, esqueletos, marcas de tinta vermelha imitando sangue, máscaras, ou qualquer coisa que remeta a filmes de terror. Os supermercados começam a vender abóboras para a tradição das “carving pumpkins”: tirar o recheio delas, cavar rostos e formas no seu exterior, e colocar uma vela no interior, criando algo como uma lanterna. As carved pumpkins são colocadas em frente às casas e acessas todas as noites até o dia 31.

Resultado de imagem para Halloween 2016 nos EUA

Por este motivo, no início de outubro, começam a montar, em todos os lugares, aspumpkins farms ou pumpkins patches, fazendas de plantação de abóboras abertas a visitação, onde também montam túneis fantasmas e passeios de trenzinho ou trator. As escolas do ensino fundamental costumam organizar excursões de alunos para visitar as farms durante todo o mês. A atual estação do ano no Hemisfério Norte, o outono, é mais propícia à data: tudo em tom de vermelho, laranja e amarelo; as árvores já quase secas, sem folhas.

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As escolas americanas fazem também as “Halloween parades” ou “costume parades” (“desfiles de Halloween” ou “desfile de fantasias”). Todos os estudantes precisam ir fantasiados de qualquer coisa (é mais uma festa a fantasia, não precisa ser necessariamente ligada ao Halloween) e todas as salas desfilam nos corredores da escola, acenando para uma platéia de pais, amigos e parentes munidos de câmeras e celulares. Eu fui à escola dos dois meninos que cuidava para assisti-los nos desfiles, um fantasiado de Darth Vader e outro de Jango Fett – personagens da saga Guerra nas Estrelas (Star Wars).

Trick or treats

O “doçura ou travessuras” é realmente da forma que vemos em filmes e séries de TV. As famílias se fantasiam para acompanhar suas crianças de porta em porta das casas vizinhas carregando algum tipo de balde, onde os doces serão despejados, e perguntando “Trick or treats?”. Mas não cheguei a presenciar nenhum tipo de travessuras – até porque todas as casas estão preparadas com muitos doces para receber as crianças na noite de Halloween.

Resultado de imagem para Halloween 2016 nos EUA

Festas de Halloween

Durante a noite do dia 31 de outubro de 2010, eu e minhas amigas brasileiras estávamos em férias em Las Vegas. Conseguimos com um promoter de festas ingressos para a Halloween Party da Tao, famoso nightclub da cidade. Outra experiência de filme hollywoodiano: todos com as mais diversas e esdrúxulas fantasias, open bar até a meia noite, DJ, e diferentes ambientes com a temática Halloween. O frio do outono americano não impede as pessoas de saírem às ruas, não importa a região do país, e festejarem esta tradição norte-americana tão divertida. Em todos os cantos da cidade, havia gente fantasiada e as festas temáticas começam uma semana antes da data do Halloween.
hotcourses.com.br

Transworld's Halloween & Attractions Show 2016 Music Video

Unit 70 Studios Transworld Halloween and Attractions Show 2016

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

The Kingdom of Witches - Hi Res Version

Conheça a 'Cidade das Bruxas', nos Estados Unidos; Veja fotos

O Halloween é comemorado todo ano, porém em Salem ocorre todos os dias. A 'cidade das bruxas' ganhou fama após uma acusação de feitiçaria gerar histeria coletiva no local, no século XVII. Atualmente, a cidade oferece aos turistas um 'roteiro da morte'
 
  



Em 1692, mais de 300 pessoas foram presas e torturadas cruelmente, em Salem, para que confessassem o crime de bruxaria
Em 1692, mais de 300 pessoas foram presas e torturadas cruelmente, em Salem, para que confessassem o crime de bruxaria - Foto: Christine Zenino

Afinal, as bruxas existem ou não? Longe das telas do cinema há controvérsias, mas no passado muitas pessoas perderam a vida de forma cruel sendo acusadas de bruxaria. A cidade de Salem, em Massachusetts, nos Estados Unidos ficou conhecida mundialmente como 'Cidade das Bruxas' depois de um massacre em que centenas de pessoas foram torturadas e mais de uma dezena foram mortas após serem acusadas pelo crime de bruxaria.
Localizada a 30 quilômetros de Boston, a cidade com 40 mil habitantes virou a Meca para fãs do assunto e recebe anualmente milhares de turistas interessados em conhecerem a triste história. Entre março e outubro de 1692, mais de 300 pessoas foram presas e torturadas cruelmente para que confessassem o crime de bruxaria. Destas, 19 foram enforcadas ou mortas durante as torturas. A paranoia na época foi tão grande que até dois cachorros foram executados depois serem acusados de estarem possuídos pelo demônio. O massacre só terminou após o Tribunal de Justiça do Estado intervir no juizado local e ordenar o fim do julgamento.
O percurso realizado por estas pessoas e os locais onde ocorreram as torturas e execuções foram interligados através de uma linha vermelha pintada no chão que marca o trajeto das vítimas. Apelidado de "caminho da morte", a linha possui 3,5 quilômetros e pode ser percorrida durante uma tarde pelos turistas.
Ao longo do percurso, os visitantes passam por vários locais simbólicos, entre eles o Museu das Bruxas, o Memorial em homenagem as vítimas, o Cemitério das Bruxas, a Igreja de Salem, além de restaurantes, bares e uma tradicional cervejaria artesanal da cidade. Outro passeio muito requisitado pelos turistas é a visita noturna aos cemitérios de Salem, onde as supostas bruxas foram enterradas. Apenas durante a noite do dia 31 de outubro, o local chega a receber mais de 400 curiosos.
Quem gosta de história não pode perder uma encenação teatral, que acontece diariamente, contando os fatos que deram fama a cidade. A apresentação é feita nas ruas próximas ao Museu das Bruxas de Salem e surpreende os turistas mais desatentos. Assim como os atores caracterizados com roupas da época surgem "do nada", eles também desaparecem sem deixarem vestígios.
Histeria coletiva
Afinal, por que tantas pessoas foram acusadas de bruxaria? O episódio começou após algumas meninas ingerirem um pão contaminado pelo fungo Claviceps purpurea que atualmente é utilizado na fabricação da droga LSD. Na época, não havia conhecimento dos seus efeitos alucinógenos e com isso, as garotas foram acusadas de bruxaria. Após a notícia sobre as bruxas se espalhar pela cidade, a histeria coletiva tomou conta dos moradores locais e centenas de pessoas foram acusadas indiscriminadamente pelo suposto “crime”.
O caso de histeria coletiva ficou tão famoso que ganhou uma peça teatral e um filme com o nome da cidade, "As bruxas de Salem". Filmado em 1996, o drama mostra o poder da histeria coletiva numa cidade. No enredo do longa-metragem, as pessoas aproveitam a onda de acusações para prejudicar seus rivais.
Como chegar
Com voos saindo de São Paulo rumo a Boston, as passagens aéreas custam a partir de R$ 1450. O percurso possui duas escalas e é operado por companhias nacionais e internacionais.
A melhor opção para fazer o trajeto entre Boston e Salem é utilizando o excelente sistema ferroviário norte-americano. Custando US$ 5,75 (R$ 13,80) cada trecho, os turistas embarcam na estação North Station (Boston) e desembarcam em RockPort, já na "Cidade das Bruxas". A viagem dura aproximadamente 35 minutos.
Mapa

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Confira fotos de Salem, a cidade das Bruxas

Um dos passeios mais requisitados pelos turistas é a visita noturna aos cemitérios de Salem, onde as supostas bruxas foram enterradas
Um dos passeios mais requisitados pelos turistas é a visita noturna aos cemitérios de Salem, onde as supostas bruxas foram enterradas - Foto: Greg Westfall

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Apenas durante a noite do dia 31 de outubro, os cemitérios de Salem recebem mais de 400 curiosos
Apenas durante a noite do dia 31 de outubro, os cemitérios de Salem recebem mais de 400 curiosos - Foto: Tim Bouwer

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Quem gosta de história não pode perder uma encenação teatral, que acontece diariamente, contando os fatos que deram fama a cidade
Quem gosta de história não pode perder uma encenação teatral, que acontece diariamente, contando os fatos que deram fama a cidade - Foto: Christine Zenino

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Salem ficou conhecida mundialmente como 'Cidade das Bruxas' depois de um massacre contra pessoas acusadas de feitiçaria
Salem ficou conhecida mundialmente como 'Cidade das Bruxas' depois de um massacre contra pessoas acusadas de feitiçaria - Foto: Josh McGinn

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Mais de 300 pessoas foram presas e torturadas cruelmente para que confessassem o crime de bruxaria durante o surto de acusações
Mais de 300 pessoas foram presas e torturadas cruelmente para que confessassem o crime de bruxaria durante o surto de acusações - Foto: Nick Ares

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O caso de histeria coletiva ficou tão famoso que ganhou um filme e uma peça teatral com o nome da cidade,
O caso de histeria coletiva ficou tão famoso que ganhou um filme e uma peça teatral com o nome da cidade, "As bruxas de Salem" - Foto: Lisa Jacobs

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Ao longo do percurso, os visitantes passam por vários locais simbólicos, entre eles o Museu das Bruxas, o Memorial em homenagem as vítimas, o Cemitério das Bruxas e a Igreja de Salem
Ao longo do percurso, os visitantes passam por vários locais simbólicos, entre eles o Museu das Bruxas, o Memorial em homenagem as vítimas, o Cemitério das Bruxas e a Igreja de Salem - Foto: Doug Kerr

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O Museu das Bruxas de Salem possui o acervo mais completos sobre fatídico caso de 1692
O Museu das Bruxas de Salem possui o acervo mais completos sobre fatídico caso de 1692 - Foto: Massachusetts Office of Travel & Tourism

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Por Dennys Marcel
ecoviagem.uol.com.br

sábado, 20 de agosto de 2016

Como o Tempo Frio Pode Causar Caça às Bruxas

 "Nada queima como o frio." - George RR Martin, A Game of Thrones

Em resumo
As mulheres têm sido executadas como bruxas por séculos e ainda hoje em algumas partes do mundo. Da Europa à África até às Américas, as principais caças às bruxas têm um catalisador surpreendente em comum: o tempo frio. As bruxas têm sido pensadas para controlar o tempo e foram colocas diante de vagas de frio prolongadas, juntamente com a falha de doença e cultura correspondente, são os principais catalisadores que fizeram com que as pessoas se voltassem para a ideia de bruxaria.

A História Completa

Estima-se que mais de um milhão de pessoas foram executadas pelo crime de feitiçaria, com generalizada, a caça às bruxas em grande escala a ter lugar em todo o mundo nos séculos 16 e 17. As razões por trás dessas caças às bruxas em grande escala, como as que assolaram a Europa na Idade Média e Salem, nos primeiros dias dos Estados Unidos, podem ser atribuídas a uma série de diferentes causas imediatas: para Salem, a histeria de um punhado de jovens, na Idade Média, um conflito entre a igreja crescente e velhos costumes pagãos.

E a caça às bruxas ainda está em andamento nos dias atuais. Centenas de mulheres são mortas na África todos os anos por suspeita de bruxaria.

Então, o que está causando isso?

Uma teoria, a primeira colocada por um estudante de PhD de Harvard chamada Emily Oster, é surpreendentemente simples: o clima.

As bruxas têm sido acusadas de serem capazes de controlar o tempo, para o bem ou para o mal. Olhando para trás, na caça às bruxas em grande escala da história, há um denominador comum em muitas delas.

O maior período na história da caça às bruxas ocorreu na Europa a partir de meados do século 16 até o final do século 18. Durante este tempo, a crença em bruxas foi governada por um documento chamado Malleus Malleficarum, que delineou do que elas eram supostamente capazes. Entre a lista foi a capacidade de conjurar tempestades, controlar raios e, talvez a mais importante, destruir colheitas no campo.

Durante o período de tempo que coincidiu com o ressurgimento de caça às bruxas na Europa, também houve uma grande mudança no clima, que se pensa ser devido a uma combinação de um período de calmaria na atividade na superfície do Sol e atividade vulcânica que foi gravada na América do Sul. Temperaturas mais frias não apenas quebras de safras significavas, mas também a presença de fenómenos diferentes de qualquer uma das almas que vivem já tinha visto. Rios e canais congelaram, o gelo formou-se nos oceanos e lagos, e as plantações morreram.

É a mesma onda de frio que fez a vida miserável na pré-bruxaria Salem. Documentos que datam do inverno do ano para caçar bruxas falam de um miserável, frio, fome, sem dúvida, os moradores que procuram fazer sentido de por que eles estavam sofrendo.

O sucesso e a produtividade da cultura também são dependentes do clima, mudanças significativas no clima irão afetar seriamente as culturas. E como as bruxas também foram pensadas para serem capazes de matar as culturas onde cresceram, isso também poderia ter tido um impacto em larga escala sobre a psique das pessoas à procura de uma razão para as suas famílias famintas.

A maioria das mulheres que são acusadas de bruxaria enquadra-se na categoria de idosos, mulheres viúvas (enquanto as mulheres jovens, meninas, e até mesmo os homens acusados de serem bruxas, estavam em minoria). Isso pode ser em parte porque parecem encaixar-se na descrição do que nós pensamos como sendo bruxas típicas, mas também porque eram as pessoas menos produtivas e mais dispensáveis durante tempos de fome e extrema dificuldade. Tem sido sugerido que, mesmo possivelmente num nível subliminar, essas pessoas eram vistas como mais uma boca para alimentar, e talvez serem acusados de bruxaria seria bom para apaziguar as forças maiores, juntamente com diminuir a carga sobre uma cidade.

E mesmo hoje em dia, nas áreas onde a caça às bruxas ainda acontece, tem sido mostrado depender muito do tempo. Em algumas partes da África, os períodos em que há execuções, as chamadas de bruxas costumam acontecer nos períodos de seca ou de inundação. E, ainda é geralmente uma mulher idosa pagar o preço por fenómenos climáticos fora do controlo de qualquer um.relativamenteinteressante.com

Bruxaria Medieval Do Paganismo à Heresia





A propagação de conhecimentos ocultos levou ao fortalecimento da figura das bruxas, algo que era, ao mesmo tempo, respeitado e temido como uma herança de tempos antigos. Mesmo assim sua associação com o profano e o proibido levou a Igreja Católica a tomar medidas para combater mais esse "mal na terra"

Por James Andrade
Los Caprichos, grupo de 80 ilustrações do pintor e
Duas bruxas voam juntas numa mesma vassoura (que muitos consideram uma paródia aos Cavaleiros Templários) durante um de seus sabbaths
Nietzsche (1844-1900), em seu O Livro do Filósofo, refere-se ao período da seguinte maneira: "A história e as ciências humanas foram necessárias contra a Idade Média: o saber contra a crença..." .
O estudo do período medieval se inicia, deste modo, imerso em errôneas pressuposições. Um engano grosseiro que, aos poucos, se desfaz. Eventos importantes ocorreram. Um deles foi a solidificação do cristianismo, que criou Instituições e Dogmas, permitindo que nos refiramos a esta institucionalização como Igreja. Olhar para a Idade Média como algo de importância própria é o mínimo para se desfazer este mal-entendido; mas falemos de bruxaria. E de bruxas.
Como os registros históricos, principalmente aqueles vinculados à Inquisição e ao Santo Ofício, nos dão conta de que em cada quatro casos envolvendo bruxaria três eram com mulheres - outras fontes indicam números ainda mais insignificantes de homens - focaremos aqui o aspecto feminino do mito. As novas cores com que foram pintadas neste período, de certa maneira, tangencia como o papel da mulher também se modificou. Começaremos por uma visão panorâmica do assunto.
Origem do Termo O termo "bruxa" se perde no tempo, remontando facilmente a épocas pré-romanas. Em inglês, a palavra witch pode significar tanto bruxa, quanto feiticeira; provavelmente tem sua origem nos termos anglo-saxões "wissen", (conhecimento) e "wikken" (adivinhação). Vinculando, portanto, as bruxas a atividades adivinhatórias e àquelas relacionadas com o acúmulo de conhecimento, como o trato com as ervas e raízes.
Neste contexto, podemos traçar o perfil das bruxas, de forma geral, como personalidades femininas que estavam envolvidas em práticas "medicinais" (chás, beberagens e uma infinidade de outros artifícios para curar os enfermos) e vaticínios (profecias). Coisas que nas sociedades antigas, de certo modo também nas atuais, em nada se diferenciavam entre si, sendo ambas entendidas como Magia.
A Magia sempre foi entendida como uma interferência na ordem natural das coisas, uma ingerência, obtida por meio de palavras, gestos, objetos, oferendas, estando sempre relacionada com o sobrenatural. São das concepções mágicas do mundo que brotam as religiões. Aqueles que com ela se envolviam, por aprendizado ou por dom inato, sempre gozaram de um certo status social. Uma lacuna quase sempre preenchida pelas mulheres que, desde sempre, são mais identificadas com o sobrenatural.
O exemplo que nos chega do que seriam estas personalidades femininas são as parteiras e as benzedeiras, ainda tão presentes na vida de muitos brasileiros que vivem longe dos grandes centros e que, recuando-se poucos anos (40 no máximo), podemos identificá-las mesmo dentro de nossas famílias (minhas duas avós, tanto materna quanto paterna, eram parteiras e benzedeiras).
Estas mulheres estavam portando plenamente integradas ao grupo social. Não que estas relações fossem sempre pacíficas, muito pelo contrário; em épocas em que a mortalidade infantil era assustadora, a figura da parteira tendia a oscilar entre salvadora e carrasca. Convém nos lembrarmos também que neste mesmo extrato social ainda se inseriam os desviados, os doidos, os desajustados e tantos outros, todos vistos, de uma maneira ou de outra, envolvidos com o sobrenatural, consequentemente, com a Magia, sendo ela mesma, já habitada por outros tantos mitos e crendices. Aqui temos outro elemento que, invadindo o plano real, irá marcar profundamente a figura das bruxas: os Mitos.
Na Roma antiga existiam as Strix (origem da palavra italiana strega = bruxa); eram mulheres que, em certas noites, transformavam-se em corujas e procuravam crianças para sugar-lhes o sangue. Monstros similares eram as "stringlas" gregas. As germânicas "streghe" podem estar neste mesmo caldeirão.
A Grécia, em especial, é particularmente rica em mitos de monstros femininos que facilmente se associam a bruxas. Em sua vasta mitologia encontramos Atena, deusa da Sabedoria, cuja ave preferida é a coruja e que leva ninfas para um revigorante voo noturno sob o luar. A vingativa Lâmia, que, tendo perdido seus filhos, vinga-se sugando o sangue de crianças. Medeia e seus muitos feitiços, capazes até de devolver a juventude ao já velho Esão, pai de Jasão. Circe, que transforma a tripulação de Odisseu (Ulisses) em porcos. As tessalianas, que podiam assumir a forma de qualquer animal. As Sibilas, e muitas outras.
Assim colocados, lado a lado, pessoas reais e entes míticos, pode parecer estranho, porém é necessário um esforço de nossa parte em tentar entender que, em um mundo complexo, porém pouco compreendido como o antigo, bem como o medieval, todos estes elementos inevitavelmente se promiscuiriam, gerando um amálgama onde todas as partes envolvidas seriam chamadas de feiticeiras, magas, catimbozeiras, parteiras, curandeiras, benzedeiras e muitos outros nomes que, à época, tinham significados similares: bruxas, deixando claro que a fronteira entre o imaginário e o real era muito mais tênue do que podemos supor.
Vemos assim, que em praticamente todas as sociedades pré-medievais a figura feminina, com maior ou menor intensidade devido à sua capacidade de gerar vida e sua condição de "sexo-frágil", sempre foi relegada à casa e aos filhos, associando-se ao bem-estar. Por outro lado, também eram capazes de terríveis vinganças e sórdidas maquinações.
Hécate, deusa grega da bruxaria, que vagava pelas noites, sendo vista somente pelos cães que ladravam à sua passagem, às vezes aparecia associada à deusa Diana (Ártemis), a Lua. Na Idade Média os dois mitos praticamente se fundiram.
A Bruxa Primordial
A bruxa primeva é, portanto, o resultado mágico da fusão da mulher sábia, aquela que auxiliava no parto e cuidava das enfermidades, dos vitimados pelo sobrenatural, os desajustes mentais e sociais e dos muitos monstros sugadores de sangue que povoavam o imaginário popular, estando inequivocamente ligada a elementos naturais, a um saber ligado à terra, aos seus ciclos e aos seus muitos deuses; em especial os da fertilidade, em suma, Pagã. Um ser que vivia na tênue fronteira entre o real e o imaginário. Uma figura complexa. E ambígua.
Essa ambiguidade, tão presente (a mesma erva que cura pode também matar) foi uma constante; e neste ponto não se restringe apenas à questão de gênero nem de época, sendo o médico de hoje tão vítima desta desconfiança quanto a bruxa de outrora. Esta desconfiança, disfarçada, mas nunca superada, contribuiu para a existência de um convívio no meio social, no mínimo, delicado.
Situação facilmente estendida para todas as mulheres que, com seus humores e sangramentos, sempre esteve envolta pelo manto do sobrenatural. A distinção social dada à bruxa e a seus saberes tipicamente femininos reflete, em certa medida, a distinção dada à própria mulher. Seria fácil, portanto, nestas sociedades, supor o papel da mulher laureado de um certo prestígio, ainda que mínimo. Afinal, acima de tudo estava a figura da mulher como mãe; ela, enquanto geradora de vida, assumia maior importância até do que o seu fruto, o filho.
IMAGEM: Galeria Corcoran, Washingtgton. D.C.
Tela do pintor norte-americano Douglas Volk (1856-1935) que mostra uma acusação de bruxaria, muitas vezes feita em tom dramático
Contexto
Na Idade Média isso mudou. Para pior. Neste ponto é necessário se fazer uma pequena introdução sobre os muitos povos, diferentes entre si, que habitam a Europa neste período.
A Idade Média se inicia; segundo alguns defendem, com a queda do Imperador Augústulo (algo como Augustinho) em 476 d.C - indo terminar com a queda de Constantinopla (1453 d.C.). A condenação ao exílio deste trêmulo rapazola, que recentemente perdera o pai, Orestes, marca a queda do Império Romano do Ocidente e o fim da Antiguidade. Data meramente ilustrativa, uma vez que a agonia do Império Romano foi um processo longo e seus ecos persistiram por muito tempo.
O fato é que o desmoronamento da bem azeitada máquina administrativa romana - da qual a Igreja é a herdeira direta - lançou todo o continente, sua maior parte pelo menos, em um confuso desmantelo. É no bojo deste efervescente caldeirão de raças e credos, em meio a estes povos em franco processo de aculturação, que aqui, para efeito de simplificação, iremos reduzir para duas correntes principais: Os "Romanos", aqueles que estavam integrados no moribundo Império, sendo ou não 100% romanos. E os "Germanos", todos os povos que, pressionados pelos hunos, por outros povos, pela escassez de terras cultiváveis ou ainda pela própria fragilidade do Império Romano, desceram das frias terras do norte, avançando pelas praticamente inexistentes fronteiras romanas.


Todos estes povos tinham suas bruxas, e viam a mulher sob óticas diferentes. Ainda mais interessante é dizer que as próprias mulheres se viam de forma diferente. Foi neste ambiente, em que todos influenciavam e eram influenciados, nos séculos em que se fomentou a formação das futuras nações que se consolidaram na Idade Moderna, é que assistimos o cristianismo (aquele nascido no Concílio de Niceia (325 d.C.), tornado de Estado no Édito da Tessalônica (380 d.C.) e reforçado nos outros muitos concílios que se seguiram) se tornar uma Instituição e ganhar corpo. Força. Poder.
É no confronto direto com esta "nova" religião que o mito da bruxa ganhará os contornos que hoje vemos e em paralelo, assistiremos o delinear de uma nova posição a ser ocupada pela mulher, pois, no seu processo de "formatação", a religião criada em nome do Cristo afasta, paulatinamente, as mulheres dos seus nichos de poder, assumindo, em definitivo, seu aspecto Patriarcal. Justo a religião que, em seus primórdios, galgou importantes degraus apoiada por mulheres (vide a mãe e a esposa de Constantino).
É na institucionalização do Cristianismo que a mulher perde sua projeção inicial, relegada a um papel subalterno na Igreja que nascia. Uma nova realidade era escrita, não sem conflitos, arbitrariedades, sangue e Fé Verdadeira. Uma realidade regida por um Deus Único. Nas famigeradas "Três Ordens" (séc. XI) os que oram ocupam o topo da tríade.
Um dos passos mais importantes dados pela Igreja no sentido de exercer controle sobre seus seguidores foi dado no Concílio de Latrão (também chamado Latrão IV), convocado pelo então papa Inocêncio III, em 1215. Onde, dentre muitas outras resoluções, estabeleceu-se a obrigatoriedade da Confissão. Todo Cristão, a partir dos sete anos, ficava obrigado a se confessar com um sacerdote pelo menos uma vez por ano, correndo o risco de excomunhão se não o fizesse. Neste concílio também é recomendado aos padres uma atenção especial às heresias, estimulando o interrogatório em casos de suspeitas e, caso ficasse comprovado o desvio, a punição (lembremos que à mesma época existia a perseguição aos Cátaros).
Nessa nova realidade que surgia era o Filho, não mais a Mãe, a figura de maior importância. Mesmo que haja, principalmente após as Cruzadas (séc. XI a XIII), uma certa redescoberta do feminino cristão, na figura de Maria, a relação de primazia estava irremediavelmente comprometida. E aquele saber das bruxas, desde há muito associado a deuses muitos, será marcado indelevelmente pela chegada do Deus Único.
Apoiado nestes pressupostos é inegável que a Idade Média irá assistir a um reescrever do papel da mulher na sociedade, coisa que já vinha sendo delineada, mas que naquele momento ganha novos e fortes contornos. A mulher do cristianismo não é a mesma das religiões pagãs. Não diria nem melhor nem pior, só diferente. No período medieval estas mulheres se chocarão. O imaginário popular da época irá opor, bem ao gosto da época, duas figuras diametralmente opostas: a bruxa e a santa.
Uma, no sentido espiritual, tocada pelo Divino e a outra, no sentido mais carnal, tocada pelo Profano. A sexualidade feminina será o principal campo de batalha destas novas concepções. Não creio ser necessário dizer qual o nome reservado para as mulheres das religiões pagãs.
O Sexo, tão comum e natural nas religiões primitivas, torna-se, no decorrer dos séculos, a ruína dos homens. A leitura dos livros que compunham a Bíblia (aqui me refiro aos canônicos), uma das muitas possíveis, em que se constata que o Cristo, em não sendo casado, morreu puro, cria uma ideia, gestada nos mosteiros e disseminada por todos os cantos, que a demôniosos primórdios, que opunha Bem e Mal em uma disputa incansável, vemos o surgimento de outras frentes de batalha. Contra os infiéis que, ignorantes do Cristo, mereciam esforços para a salvação; contra aqueles que professavam outros entendimentos do mesmo Cristo; contra aqueles que abandonavam as fileiras da Igreja, e agora contra o desejo e a volúpia, que minavam a vontade dos homens, abriam espaço para o pecado.
IMAGEM: ARQUIVO LEITURAS DA HISTÓRIA
Pintura na parede externa do Mosteiro de Rila, na Bulgária, retratando as bruxas e parte delas com os demôniosos
A Posição da Igreja
Para a Igreja, porém, a luta era uma só, e louvável: a defesa da Fé, o que significava a salvação da alma, algo que, visto no contexto medieval, valia todos os esforços. Para muitos, ainda hoje vale. Uma guerra de muitos frontes e de perdas consideráveis, calorosamente travada nos muitos séculos da Idade Média, uma contenda que tratava tanto a maledicência e o malefício, que, claro, existiam, quanto às protociências que despontavam como sendo puro Mal. Tudo em nome do Dogma que, em última análise, é tão somente uma Opinião. Todos perderam, mas principalmente as mulheres, que assistiram, não passivas, mas incapacitadas, um lento remodelar da sua relevância social.
Relacionar a mulher com o pecado não era novidade - Eva estava lá desde os primórdios para comprovar a verdade inegável do fato - porém, este é só um dos aspectos que irão. compor o arquétipo da Bruxa que nos chega nos dias de hoje. A da bela e sensual jovem, caminho da perdição. No outro extremo desta composição está a decrépita e medonha anciã, aquela que tem um narigão e uma ruga quase tão grande quanto ele.
A madrasta da Branca de Neve, da adaptação para o cinema de Walt Disney, é um exemplo magnífico por representar, no mesmo personagem os dois extremos; antes dos filmes da Disney as ilustrações dos contos dos irmãos Grimm se encarregaram de fornecer o arquétipo de como seria uma bruxa velha. O caldeirão e a vassoura são outros elementos associados a elas.
Notar que, em sua maioria, são elementos do cotidiano feminino, comuns na sua labuta de esteio familiar, que assumem novas conotações. O objeto onde se cozinha é o mesmo onde se fundem poções maléficas; a ferramenta de limpeza se torna o meio de transporte mágico; assim por diante. Nestes elementos, porém, uma outra leitura é possível, mais sombria, mas necessária; é no seio do cotidiano, na rotina do dia a dia, no envenenar da comida, no cozinhar do cachorro preferido e servir como sopa que a vingança feminina se manifesta.
Novamente notamos a dubiedade do mito, sempre calcado em um delicado equilíbrio que, na Idade Média, será definitivamente quebrado com o surgimento de uma nova figura, fundamental para se buscar uma visão aproximada do que foi a bruxaria medieval: O Diabo.
Demônios dos mais diferentes tipos povoaram o imaginário medieval, vindos das tradições cristãs: como Asmodeu, Baal ou Belzebu, Beemot, Lúcifer, entre outros; ou importados de outras crenças, como o Pã grego, os Sátiros romanos, o mesopotâmico Pazuzu.
Na Idade Média, o Diabo estava em todos os lugares e as mulheres, comprovadamente fracas na Fé, eram o seu quintal.
Ardiloso, capaz de mudar de forma, apresentava-se como Súcubbus (aquela que fica por baixo), para seduzir os homens e Incubbus (aquele que fica por cima), para quem as mulheres se entregavam. Notar a sutileza em dizer que as mulheres se "entregavam" e que os homens eram "seduzidos". As atividades do Diabo, porém, seriam vistas com um certo desdém até meados do século XIV, é comum o entendimento dele não como adversário, mas sim como um empecilho. Até meados do século XI, a bruxaria também será vista, pela Igreja, com olhos mais complacentes, algo pitoresco, integrado à concepção popularesca do Cristianismo.
CRÉDITO: TELA MAGIC CIRCLE, DO PINTOR INGLÊS JOHN
Tela de Waterhouse que retrata a preparação de uma bruxa para um de seus rituais. não falta nada, do caldeirão aos pássaros pretos
Os Cristãos
O Cristianismo foi totalmente hegemônico no longo período medieval. Porém, não foi linear em seu desenvolvimento, nem tão pouco homogêneo. O cristianismo praticado nos grandes centros, tidos como mais cultos, era, em muito, diferente daquele praticado nos locais mais afastados, tidos como mais tacanhos. Nestes locais ermos se mostrava como uma crença confusa, uma mistura de crendices, de antigas religiões e dos ensinamentos ouvidos dos pregadores das boas novas (Evangelhos). Tudo cerzido por uma compreensão toda própria do que significava cada um destes elementos. Porém, demarcava fortemente o seu espaço, e crescia a olhos vistos.
O pensamento cristão medieval tangenciou todo o continente Europeu, indo muito além dele. Logo, no mundo medieval, ser cristão era quase condição sine-qua-nonpara ser aceito socialmente; quem não fosse batizado era taxado de "Pagão" ou "Infiel", e vitimado pelo preconceito. Com a invasão muçulmana, esta situação se radicalizou ainda mais.
Na Idade Média, o Deus Único Trinitário (Pai, Filho e Espírito Santo) torna-se a fonte de tudo. A realidade está sujeita à sua vontade, uma vez que Ele a criou pode interferir nela à seu belprazer. Portanto, para se conseguir algo basta pedir à Sua representante na Terra: a Igreja.
Esta, por sua vez, era auxiliada na árdua tarefa de intermediária por um sem número de santos, santas e mártires, todos envolvidos em resolver as mazelas mundanas.
"... Para bolhas e biles, Cosme e Damião; Santa Clara para os olhos; Santo Apolônio para os dentes; São Jô para as doenças de pele..." (Scot, Discoverie: A Discourse of Divels, cap. xxvi).
A lista continua, mostrando a especificidade de cada santo em determinada área, isso sem levar em conta aspectos como a adoração de relíquias (objetos tocados pelos santos ou até mesmo partes do seu corpo ou vestuário), a crença pia na transubstanciação do pão e do vinho em carne e sangue na Eucaristia, nas muitas qualidades divinas da hóstia, da água benta, dos rosários, dos amuletos, dos escapulários.
O período medieval foi totalmente dominado pela Magia. Outras épocas também o foram, mas o que torna este período especial são as tentativas, muitas vezes violentas, de se criar uma Magia única, de natureza cristã.
De início, a Igreja medieval não perseguiu a crendice, mas se valeu dela para crescer. Tudo aquilo que não era Divino só podia vir do Diabo e como o próprio era também uma criatura de Deus, a hegemonia estava na eminência de ser criada, bastando para tanto associar cada elemento não pertencente à religião cristã com elementos que existissem dentro dela. Surgiram assim deuses antigos que foram transformados em demônios, outros ainda foram substituídos por santos que executaram as mesmas funções. Para garantir um bom parto não mais se clamava à romana Lucina, para este momento especial lá estavam Santa Margarida ou Santa Marpúgis; isso sem falar da própria Maria, mãe de Deus, que nos chega como Nossa Senhora do Bom Parto. No decorrer da Idade Média, um monopólio dos aspectos não naturais da vida se estabelece. A faceta mágica da Igreja Cristã é tão fortemente disseminada que até mesmo os feitiços e encantamentos perderam o seu aspecto de manipulação de objetos, digamos naturais, para se tornarem manipulações sacrílegas de elementos cristãos, tornando-se assim, herética. Como vemos nos dois exemplos a seguir:
A Bruxa "primitiva", que perdurará, grosso modo, até meados do séc. XII, em meio a um cristianismo atulhado de crendices de caráter pagão:
"... Então, com os cabelos soltos, deu três voltas em torno do corpo, enfiou lascas de madeira em seu sangue (...) no caldeirão pôs ervas mágicas, com sementes e flores de suco acre, pedras do Extremo Oriente, e areia do litoral (...) a cabeça e as asas de uma coruja, e as entranhas de um lobo..." (Medeia e Esão: Bulfinch´s mytology - 2006).
A Bruxa "herege", que ganha notoriedade cada vez maior a partir do séc. XII, frente a um cristianismo que se busca mais puro:
"... E a Fé, toda sua, obtida no Batismo Santificado, em sacrilégio, renegam (...) a Alma deles posta em perigo, ofensa à majestade Divina..." (Summis Desiderantes Affectibus: Bula Papal; Inocêncio VIII- 1484).
No processo que acabou por levar Joana D'Arc (1412-1431) a um "Auto de Fé", leia-se fogueira, já figurava a palavra bruxa, vinculada à heresia.
James Andrade é pesquisador de história antiga e medieval. É autor do livro Getsêmani, a Verdade Oculta (Giz Editorial, 2008)

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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Teoria revelaria identidade do monstro de Stranger Things



Stranger Things se tornou um fenômeno mundial praticamente na mesma semana que estreou na Netflix. A história criada pelos irmãos Duffer conseguiu agradar público e crítica com apenas oito episódios, o que seria um dos grandes acertos por causa do roteiro redondo. Isto fez com que a série não ganhasse tantas teorias pelos fãs, algo muito comum para diversas produções da cultura pop. Entretanto, o brasileiro Abner Pereira postou no Medium uma das melhores teorias dos últimos anos. 

(Alerta de Spoiler) Para ele, o Monstro da primeira temporada seria a Eleven. Sim, uma das queridinhas do público. Mas como isso seria possível? Ele explica que a trama é na verdade sobre um futuro paralelo na cidade de Hawkins por causa das experiências que eram realizadas no Hawkins National Laboratory, local em que a garota seria mantida prisioneira e usada como cobaia. Vamos aos pontos que dão base a teoria dele: 

- A cidade de Hawkins seria uma referência clara ao cientista Stephen Hawking, um dos mais famosos nomes quando o assunto é física quântica, dobras no tempo e buracos negros; 

- Originalmente, Stranger Things se chamava Montauk. Isto seria uma referência direta a um projeto homônimo dos Estados Unidos que teria durado dos anos 60 até 1983, mesmo ano em que a série começa. O projeto recebeu várias histórias sobre experimentos envolvendo tentativas de telepatia e viagem no tempo. Na época, ele seria um local para o desenvolvimento de armas que os russos não teriam para a Guerra Fria, assim os americanos usariam pulsos eletromagnéticos capazes de levar os inimigos a um estado mental esquizofrênico; 

- A Guerra Fria faz conexão com o russo que aparece em uma das cenas com a Eleven. A mãe da personagem teria participado do Projeto MKUltra, que existiu de verdade sob o comando da CIA e que supostamente usava cobaias para experimentos capazes de fazer o torturado sentir-se fraco a ponto de confessar algo através de controle mental; 


- Os experimentos teriam feito com que Eleven nascesse com habilidades incomuns, algo que era explorado pelo vilanesco Dr Brenner. Sempre que a garota era colocada nos tanques com água ao redor, ela conseguia ter acesso ao Mundo Invertido, que na verdade seria um local no futuro do tempo-espaço onde a personagem conseguiria chegar. Por isso, ela via aquele russo naquela imensidão escura, local onde ela também encontra o monstro; 

- Quando Eleven toca o Monstro acontece a ruptura no Hawkins National Laboratory, o que seria uma reação do universo/natureza por causa do encontro dos mesmos indivíduos no espaço-tempo; assim criaria um portal entre presente e futuro; 

- Logo após vermos a cena do encontro entre os dois, Eleven diz que é o Monstro. Mesmo que ela esteja pensando em outro contexto, esta pode ser uma dica do roteiro; 

- A parede da ruptura ganha o aspecto de um elemento visgoso que começa a dominar o complexo. Conforme a teoria do Abner Pereira, este elemento, que é tão característico no Mundo Invertido, poderia ser algo a tomar conta da cidade no futuro. 

- Ele salienta que se você observa as artes conceituais do Mundo Invertido, criadas pelo artista Aaron Sims, não é uma realidade paralela que se vêm à cabeça instantaneamente, mas sim um mundo pós-apocalipse; 

- O passado afeta diretamente o futuro, o que faria sentido conforme Will se esconde numa cabana no Mundo Invertido e como o fogo marca o chão quando a criatura é incendiada na casa de Joyce. O futuro não é capaz de interferir com intensidade no presente, por isso só as luzes funcionam como elemento de ligação entre os dois tempos. Sendo assim, o Mundo Invertido é a Hawkins no futuro;


- Segundo os irmãos Duffer, há um documento de 30 páginas contando tudo sobre o Mundo Invertido e porque só existe um Monstro, que seria exatamente a Eleven; 

- Quando ela entra em confronto com o Monstro no final da temporada, os dois personagens se espelham, é exatamente o mesmo movimento; 

- Há motivos para acreditar que Eleven e Monstro são a mesma pessoa por dicas que são dadas no decorrer dos episódios. Por exemplo, Demogorgon não foi uma escolha qualquer. A criatura de D&D tem duas cabeças, sendo que cada uma delas possui uma personalidade diferente, sendo que cada uma tenta derrotar a outra, mas que precisam conviver entre elas como uma única persona; 

- No primeiro episódio, Will aposta uma corrida com Dustin tendo a edição 134 de X-Men como prêmio. Essa edição não foi escolhida sem motivo. Jean Grey é o centro da história, numa época em que a mutante estava sob o domínio da Força Fênix. A única forma que Jean encontra para impedir a si mesmo de causar mais destruição é se sacrificando, assim protegendo seus amigos. Jean Grey também possui poderes psíquicos, como telepatia e telecinese, habilidade que vemos Eleven usar em vários momentos da série; 

- As artes conceituais para o monstro sempre o deixam com o aspecto de humanoide, assim fortalecendo a ideia de que ele pode ter sido um humano antes de se transformar no que vimos no Mundo Invertido.

O Canal Tech acrescentou mais um aspecto à teoria de Abner Pereira. Eleven, ou Onze, não foi um nome escolhido por acaso. O numeral seria a junção de dois números iguais, sendo os dois lados da moeda: Eleven e O Monstro. Se esta teoria vai se tornar o que realmente está na mente dos irmãos Duffer para os próximos anos de Stranger Things só saberemos no futuro, mas ela até o momento faz bastante sentido.


sexta-feira, 1 de julho de 2016

Corujas


A Coruja é uma ave comum em todo mundo, comedora de ratos, tornou-se um símbolo de ocultismo e Halloween.


Com hábitos noturnos e crepusculares ela voa pelos céus silenciosamente e é sempre notada pelo seu pio sombrio, que muitas vezes assusta. 

Em algumas culturas, as pessoas acreditam que a Coruja Rasga Mortalha, é como um presságio de morte, quando canta em cima de alguma casa, está agourando para que alguma pessoa morra, já as demais Corujas, são consideradas para os filósofos o símbolo da sabedoria, ou seja, a Deusa do Saber. 

A coruja tem um hábito tanto quanto estranho de girar sua cabeça à 180 graus, tornando se assim mais estranha, seus olhos são muito grandes com uma visão muito apurada para avistar de longe suas presas. 

As Corujas também se tornaram comuns por serem mascotes de seres sobrenaturais, e uma delas se chama Edwiges, a famosa coruja do bruxo Harry Potter. 

No filme Contatos de 4º Grau, corujas também aparecem para pessoas que afirmam ter tido contato com os extraterrestres.
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